História da Grécia Antiga - Eros
Eros (em grego
Ἔρως) na Mitologia Grega teve direito a dois deuses dependendo do seu historiador.
Como baseamos o nosso trabalho no livro do primeiro poeta Hesíodo, Teogonia, apresentaremos assim o Eros como protodeus, sendo que quando apresentarmos Afrodite iremos falar de novo de Eros, um Eros mais novo conhecido como o deus do Amor.
Eros, é uma divindade primordial que encarna não só a força do amor erótico, mas também o impulso criativo da sempre florescente natureza, a luz primogénita que é responsável pela criação e a ordem de todas as coisas no Cosmos.
Tanto Caos como Eros são forças geradoras do Universo, Eros é uma força mais aprimorada.
Eros é o principio, que produz a vida por meio da união dos elementos (masculino e feminino). Eros gera através da união ou fusão dos elementos, dando a ideia de confusão e de indistinção elementar. Eros tem um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do Caos ao Cosmos.
Eros age de tal modo sobre os elementos do Mundo, que poderia fundi-los numa confusão inexorável.
Na pré-história grega Eros era representado como uma força sem forma, uma pedra.
Embora sendo representado por uma pedra, Hesíodo em Teogonia conta que Eros é uma força primordial, que irá contribuir para a geração de novos seres, divindade que surgiu imediatamente a seguir à Terra (Gaia) e que é descrita da seguinte forma nos versos 120-122:
«Eros, o mais belo de todos os deuses imortais, aquele que enfraquece os membros, aquele que, no peito de todos os deuses e de todos os homens, domina o espírito e a vontade sábia».
Com o passar do tempo várias versões surgiram a respeito do nascimento de Eros.
Nessas versões incluem Eros na lista dos Erotes devido à indistinção que exibe entre os dois Eros (o mais novo e o mais velho).
Os Erotes (Ἔρωτες) na Mitologia Grega eram os quatro filhos alados de Afrodite, que personificavam várias faces do amor. Eram companheiros constantes da deusa, sempre retratados ao seu lado.
Eros é o plural de Eros (“Amor, Desejo”), que como uma divindade singular tem uma mitologia mais complexa. Na Teogonia de Hesíodo, o principal Erote, Eros, seria dois deuses: o primeiro seria um deus primordial nascido do Caos (que falamos noutro artigo), o segundo mais novo, seria filho de Afrodite, jovem e travesso, que atira flechas de amor aleatoriamente nas pessoas. Afrodite era descrita na maioria dos mitos, já nascendo adulta grávida de Eros e Hímeros; noutras versões ela teria tido os Erotes com Ares.
Conclusão: Eros foi uma força geradora de vida, sem ele, Gaia era infértil. Para os gregos Eros tinha o papel essencial na criação. Não só em Gaia como em todos os seres. Ele explicava o porque de o amor não ser racional, coerente, mas irracional que faz com que o ser mais racional faça coisas repreensivas. Além de ser responsável pela criação de todos os seres também é colocado como o ser inspirador que o ser humano tem, desde a capacidade de criar histórias para os filhos dormirem a capacidade de imaginarem o Homem na Lua e inventarem o mecanismo ou mesmo de o colocarem lá! Basicamente Eros é a alma de todo o ser e humano à face da Terra.
Notas: Devido aos poetas quererem a todo o custo arranjar-lhe um pai e uma mãe, poetas e mitógrafos atribuem-lhe as mais variadas genealogias.
Porventura, uma das neologias mais conhecidas é a de Platão, no Banquete, que o apresenta como tendo nascido da união de Pénia e de Poros (ou seja, da Pobreza e do Expediente), certo dia, no jardim dos deuses, quando da grande festa comemorativa do nascimento de Afrodite, festa para a qual haviam sido convidados todas as divindades. As representações artísticas mostram-nos que é sobretudo a partir do século III A.C. que o deus é considerado filho de Afrodite. Pinturas de vaso de 380 A.C. mostram-nos já Eros e Afrodite como mãe e filho. No entanto, na literatura, há vestígios anteriores dessa filiação, em Safo (filho de Afrodite e de Urano) e em Simónides (filho de Ares e Afrodite).
No entanto, se estes poetas da época arcaica atribuem um pai e uma mãe ao deus, já Apolónio de Rodes (sec III A.C.) o considera apenas como filho de Afrodite, sem qualquer afiliação paterna. Devido a estes misturas é que decidimos usar a base de todas elas: Teogonia de Hesíodo.
Entrevista
Olá Deusa Eros. Obrigado por ter descido a Terra de modo a poder falar consigo.
Tenho algumas questões mortais para lhe colocar.
Posso?
Sim claro!
Que tipo de deus Eros é?
Sou o Deus do Amor, um dos Erotes. Há quem diga que sou um Deus do Olimpo, mas sou um Deus Primordial, filho de Caos.
Como é que os mortais pensam que é um Erote? Como se sente relativamente a este erro?
Já estou habituado, no entanto sinto-me um pouco chateado. Eu sou uma divindade primordial que encarna não só a força do amor erótico senão também o impulso criativo da sempre florescente natureza, a Luz primogênita que é responsável pela criação e a ordem de todas as coisas no Cosmos
Os mortais dizem que você é belo. Descreva-se por favor.
Normalmente sou retratado como um jovem de cabelos louros com aparência de inocente (representa a eterna juventude). Ando sempre com o arco e flecha e até mesmo com uma tocha acesa.
Qual o seu papel no meio de tudo?
Como já disse sou o deus do Amor. Tenho como responsabilidade a atração sexual, o amor e o sexo. Também sou venerado como o Deus da Fertilidade.
Quando dizem que se casou com a psique como se sente? Nunca pensou em se casar?
Sinto-me triste. Afinal eu apaixonei-me pela Princesa Psique.
Que conselho dá aos mortais?
Que se apaixonem e que sigam os vossos corações.
Muito Obrigado pelo seu tempo dispensado.
Att
A Ave
